Sunday, November 23, 2008


Como os pássaros no final da tarde em que o por do sol já não existe tão claramente e some junto as nuvens que contornam o imenso céu, alguns sentimentos se dissipam nestes últimos dias. Sabores diferentes, recheios distintos, cores novas, lugares e pessoas estranhas, mundo, vidas, colisão de idéias... Assim se chocam minhas emoções. Passáros que batem em revoada em busca de um horizonte comum, mas incomum também. Estou só, e assim pretendo ficar. Estou só porque você escolheu assim, e a tua decisão me fez perceber que a minha vida só, pode ser bem mais interessante do que a anterior. Somos tantos eus dentro de uma personalidade ou de diversas personalidades, somos fantasmas de nós mesmos quando tentamos fugir de algo vestindo a fantasia de um outro eu, ou buscando a felicidade em coisas que até então haviam sido congeladas. Congelam-se amigos hoje em dia, para poder saboreá-los mais tarde enquanto a vida corre por aí. Congela-se tudo praticamente, e é algo extremamente perigoso. Porque depois de congeladas as coisas liquidas nunca mais se dissolvem nas mesmas, elas se tranformam e muitas vezes perdem seu sabor original. Quem somos nós? Originais ao ponto de serem originados, ou originados para serem originais? Quem são estes infinitos eus que divagam dentro de nós até que alguma situação lhe dê a premissa para finalmente ser. Ser, estar, partir, ficar, sentir, ousar, contar, esperar, voar neste infinito brando e terno que pode ser um céu cheio de passáros ou um bando de pássaros cheios de céu!!!!

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