Sunday, December 13, 2009


Ainda preciso descobrir qual é a urgência que tanto me aflinge...
O passar apressado dos dias correndo através dos números do calendário imperceptíveis marca no velocímetro das sensações um dígito incoerente.
Estou como um monte de pedras soltas no chão, ainda não consegui decifrar porque invariávelmente me sinto tão fragmentada. Há muita expectativa envolta em sonho em ideais que muitas vezes são meros desenhos abstratos... E há mais que isso a vontade de ter uma mão envolvendo o coração. Um calor que cuide, que esteja presente quando todas as tentativas falhas e frustradas do cotidiano tivessem um porto onde aportar sua carga. Há certos sentimentos que permanecem calados, mesmo enquanto a vontade é de gritar despejando-os ao mundo com um eco forte. Essa tal de felicidade que me invade em algumas manhãs e se esconde atrás das árvores verdes com folhas quentes do prenunciado verão. Os carros passando, as pessoas apressadas comprando presentes, alguém se sobressalta em meio a multidão, e desaparece como um sopro de vento instantâneo sem deixar vestígios. As oportunidades vêm na medida que nossas vontades se tornam cada vez mais evidentes, e ao mesmo tempo, quando nem mesmo sabemos como agir diante dos fatos, das situações. Estou só, isolada, no meu mundo, no paralelo de cores intensas que pintei para admirar todos os dias. Quando reflito no espelho vejo uma imagem desconhecida e ao mesmo familiar, vejo diferentes perspectivas como se a imagem que vejo se movesse a medida que viro os olhos diante dela... E me inspiro só de pensar que talvez um amor, um lugar, uma ocasião pode decifrar esta imagem que se insinua a primeira vista. Afago as palavras para que elas se tornem mais doces, mas no fundo gostaria que elas fossem apenas verdadeiras. Esta tal superficialidade que coexiste com o movimento de tudo, é algo que realmente frustra...