Sunday, April 11, 2010


O dia pede para que eu saia correndo daqui e vá abraçá-lo. Uma tarde ensolarada de meia- estação, um calorzinho agradável e o cachorro do vizinho acoando sem parar. Que maravilha. Neste dia tudo que eu queria era uma ilha, bem isolada, com vento, frio, neve talvez... Para que minhas idéias se convertessem em apenas um vértice. Sem precisar voltar o olhar para o movimento lá fora, nem ter os ouvidos invadidos pelo zunido encomodativo dos carros passando sem parar. Nestes dias parece que a alma grita por dentro, ela quer brigar com alguém. Raiva, deve ser esse sentimento, inexplicável que se apossa da gente quando menos se espera. Preciso refletir sobre as mudanças que a pós modernidade trouxe para a sociedade, e principalmente para a comunicação, preciso discorrer sobre cibercultura e finalizar o segundo capítulo da minha monografia, mas parece que nada flui, há uma preguiça corrosiva pairando pelo ar e ainda por cima qualquer coisa é um motivo para desviar a atenção. Eu preciso sair dessa loucura, procurar uma maneira de me interar comigo mesma, numa pronfundidade onde essa claridade não arda nos olhos e não ofusque a pupila. Estou ansiosa pelos dias frios, pela melancolia das tardes de inverno que trazem consigo uma xicara de café ou chá quente e escondem por trás da noite uma lua assustadora e nuvens negras da cor de petróleo.

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