Monday, August 04, 2008


Os minutos se passam lentamente e meus pensamentos só se voltam à você. Fico eu presa ao passado como um clássico romântico. Como poderei entender? Porque só agora ele volta e me traz de volta o que vivi. Tornando minhas manhãs melancólicas, e os dias correm na tristeza sem fim de uma alegria superficial. "Eu queria que tudo voltasse e você me ensinasse como fazer." Sei que agora tanto faz, já nem sei mais das coisas, dos amores das razões... Me perco a cada segundo na espera de que um dia eu possa ver com olhos mais lúcidos, este fragmento de tempo de outra forma, em outro ângulo.
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Me sinto estranha, já não sei o que quero mas sinto um desejo impetuoso e abstrato. Amanhã por um breve momento o acolhedor nascer do sol me libertará do que sinto. Toda a incerteza que transita em haver sempre uma certeza será o que o tempo tranformará em pó, isto que hoje tanto sonho.
Apesar destas breves e sinuosas linhas e dos dias invariavelmente penosos, hoje, sinto um aroma de liberdade entrando pelos poros o que me faz pensar que estou um tanto quanto bem. Sinto o calor de uma noite de verão pulsando nas veias, e era a última vez? Verdadeiramente faz algum tempo que quero tocá-lo, e definitivamente isto é impossível, porque você faz questão de aparecer pra mim?
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Assisti a um filme, me fez divagar por alguns instantes. A noite caiu lentamente e meus sonhos começaram a tomar forma de pesadelos. Aquele bem estar que o dia, a lembrança e o desejo haviam me proporcionado, foge por entre as paredes geladas como um fantasma assombrando minha tranquilidade. No vai e vem dos minutos que o ponteiro do relógio da sala insiste em contar, o dia vira borrão. Volto a me prostrar, soletro palavras insanidade, loucura e desespero, sentimentos confusos, palavras diferidas como golpes contundentes em meu vocabulário. As horas passam os sentimentos se divagam, há uma miscelânia de cores indescritíveis que dilatam a pupila.
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