O dia amanheceu da mesma forma que ontem anoiteceu. Meu coração insconstante procura algo que o conforte sem mesmo precisar as palavras, quero emoção. Estou com medo do que possa vir a acontecer, como se o presente estivesse fadado a não ser mais tão alegre quanto eu gostaria que fosse, mesmo eu me empenhando ao máximo para isso.
Sinto como se houvesse um oceano me separando de tudo aquilo que mais desejo. Afinal, eu pertenço aos meus desejos... Sinto o ar gelado importunando uma manhã aparentemente tranquila.
Vou descrever esta tal dependência que adquirimos enquanto nos entregamos aos sentimentos como se estes fossem os mesmos que governassem nosso mais íntimo eu. Pois bem esta tal dependência muitas vezes é algo que corrói e desestabiliza nossas escolhas e torna nossos caminhos mais truncados do que poderiamos traçar em um vago rascunho do tempo.
Os corpos quando estão distantes são vulneráveis a suas prisões internas, a uma cadeia mental de reações frenéticas e adversas...Como se estes estivessem fadados a comtemplar a si próprios no epelho como Narciso o fez, na espera e alimentando a expectativa de ter seu corpo possuido por aquele que sente da mesma forma e com a mesma intensidade, enquanto o outro do espelho desfruta um prazer que deveria ser do corpo distante.
E isto dificulta a sintonia. Quando ela se perde em um curto período de tempo, é como se existisse um vácuo que nos impede de ligar os sentidos e confortar o coração.
Este jogo de se importar com quem se ama é como um fogo que nem sempre está em chamas e ser feliz é uma química nobre, ao tempo que ser triste é a comprovação da derrota e fraqueza humana. Um defeito na fonte prepulsora de todas as coisas que pode ser consertado com uma enxurrada de surpresas boas.
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